sábado, outubro 13
Um dos novos nomes da literatura nova-iorquina dos anos 80, Auster sempre teve uma certa ligação ao cinema, e foi como guionista de Wayne Wang que decidiu estrear-se no cinema, fazendo de "Blue in the face" (entre nós "Fumo azul") o companheiro do filme daquele autor, "Smoke" (simplesmente "Fumo"). Mais tarde, "Lulu on the bridge" autonomizaria, de certa forma, o seu estatuto legítimo também enquanto autor de cinema.
Filmado em Portugal, com produção de Paulo Branco, "A vida interior de Martin Frost" (estreia dia 11 Out), dir-se-ia um filme inevitável, para Paul Auster. Na história, um escritor escreve um livro sobre um homem que escreve um livro. Assim, Paul Auster é o realizador/escritor que escreve um filme sobre um escritor que escreve um livro sobre um homem que escreve um livro. Parece complicado, mas é, afinal, tão simples.
Simples, como a verdadeira história do filme e as suas personagens. Ele é o escritor. Ela é a musa, ao lado de quem acorda um dia, espantado. Afirmado assim parece que se está a desvendar a trama. Afinal, a surpresa também não demora mais do que uns minutos a desvanecer-se. Será essa mesmo a grande limitação do filme, a sua previsibilidade e pouca densidade dramática.
Grande parte do filme foi filmado nas Azenhas do Mar, tentando criar um ambiente californiano.
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4 comentários:
simples. como aquela da vida que imita a arte que imita a vida...
(é fraquinho.....)
bj
gostei principalmente dos seus primeiros livros. Música do Acaso, excelente
beijos
Ainda não vi...
a literatura sim...vários livros e sempre outros tantos à espera de ser lidos.
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